Aprenda a regar plantas!

Não lhe damos uma grande novidade ao dizer que a rega é um ponto fundamental para a saúde da sua horta. Aprender a regar plantas tem a sua ciência, é verdade. Saber observar as condições do solo, perceber as diferenças entre os vários métodos de rega ou conhecer as necessidades específicas daquilo que queremos cultivar, é meio caminho para não cometer erros na hora de regar a sua horta.
Observar as plantas de perto.
Antes de mais, é necessário perceber que há vários factores que influenciam a rega. O clima (esta é quase óbvia), o tipo de solo ou o tipo de planta que queremos cultivar. Cada espécie, além de ter necessidades distintas, tem capacidades diferentes de absorção da humidade. Legumes como a Alface, os Melões ou Pimentos exigem uma maior frequência de rega. Já as Beterrabas, a Cenouras ou as Abóboras dão-se bastante bem com menos humidade. Uma boa forma de verificar a humidade do solo é escavar ligeiramente a superfície ou enfiar o dedo na terra para perceber se, abaixo da camada superficial, o solo está já seco.
Diferentes formas de regar plantas.
De forma ténue e superficial, intensa mas rotineira ou constante e autónoma, há várias formas de fazer chegar a água à nossa horta. Cada um dos métodos tem determinadas características que se adequam, não só ao tipo de jardineiro, mas sobretudo ao tipo de planta. Uma rega leve e à superfície, como a de aspersão, molha sobretudo as folhagens e leva pouca água até às raízes. Além disso, com o tempo quente e seco, ao regar pela superfície grande parte da água irá evaporar imediatamente. Regar com um borrifador pode ser útil para a germinação de sementes ou para a fase de adaptação de mudas transplantadas.
Regar com a mangueira ou regador, sempre que apontando para a base das plantas e cumprindo “religiosamente” esta tarefa duas vezes por semana, pode ser uma boa solução para a horta. No entanto, para quem tem uma vida aterefada, ter que acrescentar esta tarefa à extensa lista de “a fazeres” diários pode significar stress desnecessário. E acredite, não somos os únicos a ficar nervosos com isso, uma rega inconstante provoca às plantas o chamado stress hídrico, que as leva a racionar o consumo de humidade e perturba o seu crescimento.
Posto isto, os melhores métodos de rega que se advinham são aqueles que, alem de levar a água diretamente às raízes das plantas, são constantes. Sistemas gota a gota, o pratinho em baixo do vaso ou outros métodos de sub-irrigação são, sem dúvida, as melhores opções para regar plantas e para manter a sua horta produtiva e saudável.
Faça você mesmo.
Uma boa forma de improvisar um sistema gota a gota é utilizando uma garrafa de plástico. Faça alguns furos na base da garrafa, enterre-a até ao gargalo e encha de água. A água irá penetrar lentamente no solo mantendo uma humidade constante e tornando a absorção numa tarefa fácil para as raízes.
Os sistemas de sub-irrigação têm a grande mais valia de aumentar a autonomia da horta, uma vez que o reservatório pode ter a capacidade necessária para o deixar ir de férias descansado. É importante, nestes casos, certificar-se que a oxigenação das raízes está garantida, que a água não possuí impurezas e que o escoamento do excesso de água está garantido. Além disso, os sistemas de sub-irrigação são mais amigos do ambiente uma vez que utilizam a água de forma eficiente.
