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A horta é um poderoso remédio contra a ansiedade.

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Em maior ou menor grau, todos sentimos ansiedade. É uma sensação que nos faz sofrer por antecipação, que nos faz ter medo daquilo que ainda está por vir. Reflete-se num cocktail que mistura tensão, preocupação, insegurança.

Apesar de ser uma sensação relativamente comum, há que saber distinguir. Quando este estado é persistente e constitui um obstáculo ao correr normal dos dias, podemos estar perante um quadro clínico de perturbação de ansiedade. Infelizmente, está longe de ser uma condição rara. A Organização Mundial de Saúde estimou, em 2017, que 3,6% da população mundial sofre de transtorno de ansiedade.

Num mundo ultra competitivo, o problema parece não só persistir, como ganhar maiores proporções. Reflete-se sobretudo em ambientes laborais, onde o registo de episódios de burnout tem vindo a crescer. Na sua raiz, está a dinâmica da sociedade atual. Responsável pelo aumento dos transtornos mentais e comportamentais, sobretudo da ansiedade, do stress e da depressão, diz a comunidade científica.

Por outro lado, hoje sabe-se que uma das formas de prevenção de quadros ansiosos reside numa dimensão absolutamente oposta à da sociedade rápida e instantânea. De acordo com um relatório de 2017 da Friends of the Earth Europe, a proximidade à natureza aumenta a auto-estima e o bem-estar mental. A jardinagem e a ligação à terra ajudam a libertar endorfinas, hormonas da felicidade. E porque ao mesmo tempo que nos mantém ativos, esta atividade coloca-nos em ambientes naturais, calmos e ao ar livre. São muitos os efeitos positivos que a horta tem na prevenção de quadros de ansiedade. Apontamos mais cinco vantagens e motivos por que deve apostar numa — seja para ter em casa ou no escritório.

 

1. A horta mostra-nos que é impossível controlar tudo.

Este é um dos maiores gatilhos da ansiedade: querermos controlar aquilo que não se controla. Em todos os aspetos da vida existe um lado imprevisível. Quanto mais conscientes formos desta inevitabilidade, mais flexíveis nos tornamos. Mas é preciso treinar a mente — e a horta será um dos sítios ideais para este exercício. É fácil de perceber porquê. Por mais que nos esforcemos, não controlamos a natureza e todos os fatores do inesperado que lhe são inerentes. Resta aceitar e seguir em frente.

 

2. A horta ajuda a controlar o perfeccionismo.

O perfeccionismo extremo poderá contribuir para o aumento da ansiedade e, em última instância, poderá levar à desistência de determinadas metas pela imposição de objetivos irrealistas. Novamente, a jardinagem poderá ser terapêutica na gestão deste aspeto. É a tal questão do controlo: por mais cuidado que se tenha junto da terra, há inúmeros fatores que o humano não consegue prever — desde invasão de insetos, à própria meteorologia. A longo prazo, jardinagem neutraliza esta ânsia pelo perfeito.

 

3. A horta mostra como falhar é importante.

Também é a partir das imprevisibilidades da natureza que a jardinagem ajuda a transformar os erros em aprendizagens. Junto de uma cultura, aquilo que não correu como era suposto deixa de ser encarado com mal-estar e passa a trazer uma espécie de fascínio. A alteração do conceito de falha é fundamental na prevenção e controlo da ansiedade porque aprende a valorizar-se o erro como forma de aprendizagem.

 

4. A horta liga-nos ao mundo.

Além de nos ligar às pessoas, a jardinagem liga-nos ao mundo de um modo mais visceral: compreendemos os alimentos, compreendemos o clima, identificamos os sinais das diferentes estações, tornamo-nos conscientes dos ciclos da Terra. Esta noção da pertença terrestre — e cósmica — permite-nos encarar a vida de forma mais leve e menos auto-centrada.

 

5. É a ciência que o diz: os banhos de natureza acalmam a ansiedade.

A expressão original é “banho de floresta” e tem origem japonesa. Refere-se aos efeitos positivos que a imersão no mundo da terra tem na mente humana. Já vários estudos comprovaram o poder que a ligação à natureza tem no bem-estar emocional: já foi associada a melhores processos de recuperação pós-cirúrgicos, à diminuição da ansiedade, da depressão e a uma melhor gestão do stresse. Para sentirmos estes efeitos não precisamos de mergulhar num bosque cerrado. A realidade é que pode acontecer sem sairmos de casa ou do escritório: basta uma horta numa varanda, num terraço, num pátio ou, se for preciso, num parapeito interior bem iluminado.

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