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O futuro da Agricultura está nas nossas mãos.

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A forma como produzimos e consumimos os nossos alimentos afeta bem mais do que apenas a nossa saúde pessoal. A Agricultura está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento da humanidade, mas é também responsável por alguns dos principais problemas que o nosso planeta enfrenta. Refletir sobre a sua origem e conhecer um pouco do seu passado é fundamental para sabermos fazer escolhas para o futuro.

 

Quando começou a Agricultura?

Talvez seja arriscado responder onde, como e porquê começou a Agricultura. Partindo da narrativa mais convencional, que tem como base algumas descobertas arqueológicas, o período Neolítico apresenta-se como pioneiro das espécies modificadas dos tipos selvagens por via do cultivo, em particular a Cevada e o Trigo. O cultivo campo a campo, em vez de planta a planta (como na horticultura tradicional), talvez tenha mesmo começado aí, progredindo para uma Agricultura que utiliza a força animal, ferramentas como o arado e trabalhar a terra para semear em massa. No entanto, e se partirmos de uma visão mais alargada sobre o termo Agricultura que envolve a proteção, o melhoramento e a propagação das culturas, podemos identificar precursores desta atividade tanto em sociedades não agrícolas como, até, noutras espécies animais. Talvez não no sentido Europeu do termo, mas certamente que como intervenção na paisagem em favorecimento próprio e recorrendo à fauna nativa. Não seria essa a essência da Agricultura?

 

A (r)evolução Agrícola.

Durante os séculos XVII e XVIII, diversos avanços tecnológicos foram responsáveis por uma modificação significativa da forma de fazer Agricultura: a substituição do sistema de produção agrícola extensivo pelo intensivo (que produz em larga escala), a adoção do sistema de rotatividade de culturas e a utilização da semeadora mecânica. Estes foram os primeiros passos para uma Agricultura Industrial que no sec. XIX começa a utilizar a máquina. Já no sec. XX, e após a 2ª Guerra Mundial, o crescimento da indústria Agroquímica baseou-se na aplicação da tecnologia utilizada para fazer explosivos para produzir, desta feita, fertilizantes artificiais. Utilizados sobretudo nos países industrializados, estes super nutrientes aumentaram o rendimento das culturas, mas trouxeram consigo consequências como a contaminação de linhas de água ou o aumento da libertação de gases com efeito de estufa.
Nos anos 40 foi a vez dos pesticidas artificiais beneficiarem a humanidade controlando, por exemplo, o mosquito da Malária, mas atacando inadvertidamente outra parte importante da biodiversidade. Já nos anos 60, a chamada Revolução Verde, recorreu a novas tecnologias como variedades de sementes de alto rendimento (sementes híbridas), fertilizantes, pesticidas e herbicidas químicos, assim como técnicas de irrigação controlada. Este conjunto de práticas vieram substituir a tecnologia mais tradicional com vista a aumentar a produção e produtividade. Uma vez mais, as consequências ecológicas, sociais e económicas destas práticas deixam muito a desejar.

 

O futuro está, ou não, nas nossas mãos?

No entanto, nem só de más notícias se fez o último século! Em 1946, Eve Balfour, fundou a Associação Britânica do Solo com a premissa de que cuidando bem dos solos as plantas poderiam, então, cuidar delas próprias. Dão-se os primeiros passos para o que se viria a definir como Agroecologia e para a defesa de práticas de Agricultura Biológica que trabalham a terra extraindo menos do que aquilo que lhe aportam.
Não querendo parecer ingénuos, acreditamos que existe hoje uma maior preocupação sobre a nossa soberania alimentar (alcançada quando conseguimos responder às questões: quem produz, como e qual o impacto económico?) e, até o controle que cada indivíduo tem sobre a origem do alimentos que consome. Talvez pela compreensão dos efeitos colaterais de práticas comuns da Agricultura dita moderna, parece existir um retorno às origens e a valorização de conhecimentos e técnicas mais tradicionais. Mas existe, ainda, um paradigma por alterar: a visão da Natureza como um bem transacionavel. Muito mais que um bem material a Biosfera e os recursos naturais são um ecossistema e bem-comum que necessitamos preservar se queremos sobreviver!

 

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