São poucos os anos de existência dos Mob Hotels mas este é um daqueles casos que surgiram destinados a vingar. Dos diversos motivos que tornam este projeto apelativo, é a ligação com a comunidade em que se insere, que motivou a criação de uma horta comunitária explorada pelos vizinhos, que merece destaque pela originalidade e pela visão integrativa que lhe está associada.
Podiam ter focado energias na captação de um determinado público-alvo, contudo os Mob Hotels assumem-se como uma opção verdadeiramente democrática, tendo hóspedes oriundos de todos os estatutos socioprofissionais.
Mais do que definirem-se apenas com base naqueles que procuram o serviço (os clientes), definem-se também em grande parte pelo contexto social em que estão inseridos, criando uma ligação entre o hotel, os visitantes e os locais, indo beber à identidade do bairro (mais do que da cidade) para gerar impacto positivo entre todos os envolvidos.
Com início de atividade em 2017 e contando atualmente com dois hotéis-boutique - um em Paris (Saint Ouen, Les Puces) e outro em Lyon (Confluence) - os Mob Hotels são espaços plurais predispostos a evoluir em constante articulação com as expectativas dos seus clientes sem esquecer o enquadramento social de cada uma das suas unidades.
O espírito boémio e eclético que se respira nestes hotéis está alinhado com o propósito estipulado de serem ambientalmente conscientes, com a preocupação de se abastecerem localmente e o cuidado de erradicarem por completo os plásticos de utilização única. Autointitulam-se como “Hoteleiros Artesãos”, sabendo que a diferença se faz devagar, com calma, e assentando um tijolo em cima do outro, um projeto seguido de outro...