Inicialmente foi plantada uma horta no solo, no pólo do pré-escolar, mas a experiência revelou-se mais desafiante do que imaginado à partida e, como tal, a direção da escola optou, então, por uma solução com mais garantias do ponto de vista da eficiência e que se ajustasse à realidade da escola.
Ao cruzar-se com a Noocity, os responsáveis pela escola souberam ter encontrado a resposta ideal. Num frio dia de novembro, o Grower Timothée Olivier, dedicado à região de Paris e Île-de-France, contou com a preciosíssima ajuda dos alunos do ensino básico e dos seus professores, para fazerem nascer uma horta comunitária, eficiente e com uma manutenção descomplicada.
O plano era ambicioso: um dia, uma horta absolutamente operacional e agricultores de palmo e meio instruídos e preparados para abraçar esta missão!
Logo de manhã, os trabalhos começaram com a montagem das camas de cultivo. Retirar os materiais das caixas de cartão, montar as estruturas metálicas, dar vida ao sistema de sub-irrigação que garante o acesso constante e adequado à água e uma autonomia de rega que pode chegar às três semanas e, por fim, colocar o substrato 100% natural, a argila expandida e o fertilizante biológico. Quando os alunos já se acotovelavam para mergulhar as mãos na terra… a lição nº 2 passou para a sala de aula.
Já sentados nas suas secretárias, os alunos tiveram a oportunidade de aprender a teoria por detrás da manutenção de uma horta, num workshop que incluiu um teste diagnóstico para aferir o nível de conhecimento das crianças. Além disso, este momento em sala serviu também para elucidar todos sobre o propósito mais profundo da horta: estimular a aprendizagem, fazendo confluir e interligando temáticas tão diversas como a Literatura, as Ciências, a Geografia ou a Matemática.
No final, as turmas voltaram para o exterior e puderam, por fim, sujar as mãos. A estação fria permitiu a plantação de legumes como as favas, o alho e as cebolas. Na secção das frutas, foram plantados mirtilos e morangos. E as ervas aromáticas também tiveram direito à sua quota parte de espaço dedicado.
Desde então, a horta foi pretexto para o desenrolar de muitas horas de diversão, sem esquecer os ensinamentos inerentes e, claro, permitiu colher e provar excelentes alimentos. Com esta ideia, a Escola Jean Paul II ousou trilhar um caminho diferente ao nível da pedagogia, com consciência de que a educação é uma missão 360º e que a ecologia e o respeito pela Natureza são valores que não podem ser deixados de fora.